domingo, 1 de agosto de 2010

Coletiva de gravuras

Coletiva de gravuras do
Grupo Gravura Mariana Quito
em Praia Grande

O Grupo Gravura Mariana Quito está com seus trabalhos expostos durante todo o mês de agosto na Etec Porto Sul, universidade de Praia Grande.
O Grupo Gravura Mariana Quito é um grupo de artistas santistas que trabalha sobre a orientação da artista Márcia Santtos no ateliê de gravura da Secult de Santos. O ateliê tem por objetivo exercitar a gravura de arte, possibilitando a formação de artistas gravadores e buscando maior vivência em eventos nacionais e internacionais almejando um amadurecimento do trabalho gráfico de cada um de seus membros como artistas.
Outro objetivo do grupo é a divulgação das técnicas de gravura, mostrando os resultados obtidos possibilitando a formação de apreciadores e artistas em nossa região. O grupo representado por alguns de seus membros tem participado de várias mostras como as que seguem no currículo ao final.
As técnicas apresentadas nessa mostra são: Xilogravura, Calcogravura e Colagravura.
A xilogravura é uma técnica onde a imagem é gravada sobre um pedaço de madeira, ao qual chamamos genericamente de matriz. A calcogravura indica uma placa de metal e na colagravura temos sucata colada como matrizes respectivamente. Essas matrizes são tintadas e impressas sobre papel, resultando nas estampas aqui apresentadas.
Márcia Santtos coordena o grupo e, é arte educadora e artista plástica, formada em Artes plásticas e Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. Desde 1986 leciona na Faculdade de Artes Visuais de Santos. Atualmente é professora nas disciplinas de Gravura e Desenho. Tem se dedicado à produção de arte e à pesquisa na área de Gravura sobre materiais não convencionais. Como Artista Plástica participou de exposições por todo o Brasil e exterior.
Os artistas expositores são: Deusa Lucas de Carvalho, Flávio Paes Pedro, José Vieira Dias, Ana Paula Silva, Verônica Melo, Áurea Nogueira Lima, Claudia Aparecida Ruiz Ferreira Ribeiro, Ademir Francisco, Rachel Midori Sugo Miyagui, Taiwan Cardoso Muller dos Santos, Nancy Nastari, Flávio Pólo Filho, Sandra Elaine Anastácio Alves de Moraes, Wagner dos Santos Lopes, Fernanda Maria de Castro Solla, Maria do Rosário de Castro Solla, Zila Souza Araújo, Priscila de Souza Bomfim, Sandra Regina Alves, Renata Salgado, Márcio dos Santos, Joyce Farias de Oliveira, Marise Neves Escobar, Paula Maria Cataldi Paschoal, Leocyr M. de Oliveira, Rodrigo Barbosa de Carvalho e Márcia Santtos

Currículo do Grupo Gravura Mariana Quito:
2010- Coletiva de gravuras – Unibr, São Vicente, SP.
2010- V Bienal do esquisito – Atibaia, Museu Olho Latino – SP.
2009- XIII Bienal Guadalupana - México.
2009- 6th Évora printmaking festival – Évora, Portugal.
2009- Fronteiras Nômades – coletiva de gravuras – Lima, Perú.
2009- Prints for peace – Mostra de gravuras, Monterrey México.
2009- Fevereiro a Abril, mostra de calendários com gravuras originais, Museu Casa da Xilogravura, Campos dos Jordão – SP.
2009- Mostra coletiva no espaço Cultural Unisanta – Santos SP.
2008 - Intersecções - Mostra coletiva de gravura - Espaço Olho Latino no Museu João Batista Conti, Atibaia – SP.
2008- Mostra Calendários com gravuras originais, Parque Balneário Hotel, Santos - SP.
2008- Concurso Banco real para Talentos da maturidade – 10º edição, Chevrolet hall – Recife.
2008 - Mostra Coletiva de Gravura – Teatro Municipal de Santos – SP.
2008- Prints for peace – Mostra de gravuras, Monterrey México.
2008- Mostra Novos Artistas de Santos – SESC Santos.
2008- Southern Printmakers Association – Annual Exchange of Postcard Prints – Austrália.
2007 - Mostra Coletiva de Gravura – Teatro Municipal de Santos – SP.
2007 - 4th International Biennial "Printed Bookmarks Exchange" - Bélgica.
2007 - XII International Biennial of Small Graphic Forms and ExLibris Ostrów
Wielkopolski na Polônia.
2007 -38Th Biennial Yokusuka Peace Exhibition of Art na cidade de Yokusuka,
no Japão.
2006 - Mostra Coletiva de Gravura – Teatro Municipal de Santos – SP.

http://www.grupogravuramarianaquito.blogspot.com/
http://sites.google.com/site/marciasanttos/

Serviço:
Coletiva de gravuras do Grupo Gravura Mariana Quito em Praia Grande
Local: Av. Pres. Kennedy, 4285 - Praia Grande - SP
Horário: todo o mês de agosto de segunda a sexta das 11:00 às 19h e sábado da 9:00 as 13h.
Telefone: (13) 34815585, www.etecportosul.com.br

domingo, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Odonto

Aqui esta uma gravura - cologravura - q eu realizei especialmente para um grande amigo, e uma grande pessoa; Renato Padeiro. Ele é dentista, o melhor profissional que eu já conheci na vida, sério, comprometido com o seu trabalho, um ser humano que merece todo o respeito do mundo. Natinho sou sua fã.


Odonto

O Renato é tão carinho que... mandou emoldurar a gravura q eu o presentei.... e colocou em seu consultório...e não é que ficou lindo de ver e de viver... Natinho... EU TE AMO amore mio... Vc é uma das pessaos mais lindas q eu já conheci na vida!!!...

Eu

Segundo Kaufmann, a técnica da cologravura consiste no preparo de uma matriz com materiais diversos nos quais explora-se as texturas utilizando-se de diversos papéis artesanais, filtros de café, lixas de parede, pedaços de papéis de parede texturizados, papel de arroz, enfim tudo que permita o maxímo de textura diversas a serem trabalhadas e experimentadas. Kaufmann ainda diz que a cologravura: " É uma técnica muito explorável e rica em possibilidades de cor, forma e textura." no qual eu concordo com ela plenamente. A cologravura nos dá a possibilidade de várias experimentações é uma técnica bastante ampla e rica tanto para experimentações, quanto para e realizações artisticas.

Dr. Renato Padeiro


Gravura - Cologravura

"A técnica da cologravura consiste no preparo de uma matriz com materiais diversos nos quais exploro as texturas, tais como: papéis artesanais, filtros de café, lixas de parede, pedaços de papéis de parede texturizados, papel de arroz, enfim tudo que permite o resultado que quero atingir. Com a colagem e a impermeabilização prontas, o passo seguinte é pintar a placa para depois prensá-la. É uma técnica muito explorável e rica em possibilidades de cor, forma e textura." Patrícia Kaufmann

sábado, 5 de junho de 2010

Escadaria - metal- água forte

sábado, 6 de março de 2010

Gravura conceito, história e técnicas Mauro Andriole




Gravura: conceito, história e técnicas
Mauro Andriole
O termo "gravura" é muito conhecido pela maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades que constituem esse gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de reprodução gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual pouco sabemos de fato.
De um modo geral, chama-se "gravura" o múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se aqui de um reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo desta forma uma edição restrita, diferente do "poster", que é um produto de processos gráficos automáticos, e reproduzido em larga escala sem a intervenção do artista.
Um carimbo pode ser a matriz de uma gravura, a grosso modo. Mas quando esse "carimbo" é fruto da elaboração e manipulação minuciosa de um artista, temos um "original" - uma matriz - de onde surgirão as imagens que levarão um título, uma assinatura, a data e a numeração que a identificam dentro da produção desse artista: torna-se uma Obra de Arte.
Cada imagem reproduzida desta forma, é única em si, independentemente de suas cópias, consequentemente, cada gravura "é única", é uma Obra original assinada. O fato de haver cópias da mesma imagem, nada tem a ver com a questão de sua originalidade. Ao contrário disso, a arte da gravura está justamente na perícia da reprodução da imagem, na fidelidade entre as cópias, este é um dos fatores que distinguem o artista "gravador".
Quando falamos de gravura, temos em mente um processo inteiramente artesanal. Desde a confecção da matriz, até o resultado final da imagem impressa no papel, a mão do artista está em contato com a Obra.
Depois de impressa, cada gravura recebe a avaliação particular do artista, que corrige os efeitos visuais ou os tons e cores, ou ainda, acrescenta ou elimina elementos que reforcem o caráter que quer dar à imagem.
Quando a imagem chega ao "ponto", define-se a quantidade de cópias para a edição. As gravuras editadas são assinadas, numeradas e datadas pelo próprio artista. Em geral a numeração aparece no canto inferior esquerdo da gravura - 1/ 100, ou 32/ 50 por exemplo - isto indica o número do exemplar (1 ou 32), e quantas cópias foram produzidas daquela imagem (100 ou 50). O número de cópias varia muito, e depende de fatores imprevisíveis, que vão desde a possibilidade técnica que cada modalidade permite, ou também da demanda "comercial", ou do desejo do artista apenas. Grandes edições não chegam a 300 cópias, mas em geral o número é muito menor, ficando por volta de 100. Gravuras em Metal costumam ser as de menor tiragem, devido ao desgaste da matriz, que não costuma agüentar muito mais de 50 cópias.
Outras indicações também são usadas em gravuras: PI (prova do impressor), BPI (boa para impressão, quando chega-se ao resultado desejado para todas as cópias), PE (prova de estado, que indica uma etapa da imagem antes de sua configuração final), PCOR ( prova de cor, correspondendo à investigação de combinações de cores e tons), e também PA (prova do artista, que representa um percentual que o artista separa para seu acervo, em geral 10% da edição)
Além do trabalho do artista, há também a preciosa atuação do "impressor", uma figura que está atrás do pano, por assim dizer, alguém que não cria a imagem, tampouco assina a Obra, mas faz com que ela "apareça" aos olhos do artista, literalmente.
O impressor é quem domina os segredos do "processamento da matriz e da reprodução fiel das cópias". Há artistas impressores também, mas no geral, a gravura é fruto de um trabalho coletivo.
A gravura é um meio de expressão que sempre ocupou lugar de destaque na produção da maioria dos artistas, pois possui características sem equivalência em outras modalidades artísticas. Suas operações sofisticadas e a invenção dos métodos de imprimir, e das próprias prensas, fizeram do ofício do artista gravador um misto de gênio da criação, com engenheiro e alquimista. Não é difícil imaginar as dificuldades de produção de uma gravura em Metal, ou Litografia em épocas que eram iluminadas a fogo, num tempo em que a carroça e o cavalo eram os transportes mais comuns nas grandes cidades, e que nada se sabia sobre plástico ou nem se imaginava a possibilidade de comprar uma lixadeira elétrica na loja de ferragens.
A Arte da gravura exigia conhecimentos que iam muito além do seu próprio universo. E igualmente, sua penetração na sociedade nada tinha de comum com o que hoje observamos, daí seu alto valor como técnica e conhecimento dentro das atividades humanas num mundo pré-industrial.
A gravura serviu de laboratório para grandes idéias e para veicular ideais com maior facilidade, criando interação entre camadas distintas da sociedade.
A interação do artista com o impressor pode comparar-se a do maestro com o músico durante uma sinfonia. Cada um é mestre em seu ofício, e não há mérito maior para um ou para outro, senão o de "juntos" obterem a Obra de Arte.
Existem vários tipos de gravura, ou, técnicas distintas de reproduzir uma Obra. As mais utilizadas pelos artistas são: a gravura em Metal, a Litografia, a Xilografia, o Linóleo e a Serigrafia.
Daremos uma breve descrição destas modalidades de gravura, apenas como uma aproximação inicial, levando em consideração que o estudo aprofundado exigiria muito mais tempo e formas específicas que fogem completamente do propósito deste artigo. De alguma forma, contudo, investigaremos o fascinante universo da gravura e comprovaremos que ela é objeto de grande valor na história humana.
METAL
A gravura em Metal é uma das mais antigas, temos Obras nesta técnica, produzidas por vários gênios da Renascença, como Albert Dürer por exemplo, datando de 1500 d.C.
A técnica do Metal consiste na "gravação" de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a imagem sobre a chapa são muitos, e não seria exagero dizer que são quase "infinitos", pois cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre. De um modo geral, o artista faz o desenho por meio de uma ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida através de uma grande pressão, imprimindo assim, a imagem no papel.
Esta não é a única forma de trabalhar com o Metal, como dissemos antes, mas é um procedimento muito usual para os gravadores. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa também pode receber banhos de ácido, que provocam corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
Os dois procedimentos, a ponta seca e os banhos de ácido, são usados em conjunto, e além destes, ainda há outros mais sofisticados, mas que exigem longas explicações, pois envolvem a descrição de operações muito complexas. A ponta seca é o instrumento mais comum, mas existem vários outros para gravar o cobre, cada qual conferindo um possibilidade diferente ao artista.
LITOGRAFIA
A Litografia surge por volta de 1797, inventada por Alois Senefelder.
Desta vez, a matriz a partir da qual se reproduzem as cópias é uma pedra, que é igualmente polida, como o cobre, e que também receberá banhos corrosivos que criarão micro sulcos para reter a tinta que será impressa no papel.
O processo de gravação na pedra litográfica se dá primeiramente através da utilização de material oleoso, com o qual se elabora a imagem. Este material pode ter várias formas diferentes.
Existem como "lápis litográficos" ( possuindo gradações distintas quanto ao seu grau de dureza, assim como os lápis de grafite de desenho - série H, os mais duros, e série B, os macios.) Também podem ser em formato de "barrinhas", como o giz de cera comum, com os quais se desenha na pedra. E há tintas à base de óleo que também gravam a pedra, usando-se o pincel, como uma espécie de nanquim. E até o contato da mão do artista pode "marcar" a imagem, fato que exige perícia na hora de desenhar, evitando manchas acidentais. O desenho feito na pedra é sempre em preto, as cores só vão surgir na hora de imprimir a imagem no papel.
Temos, portanto, em síntese, que a pedra litográfica é sensível à gordura, e que a imagem produzida, pode ser obtida através de inúmeras formas conforme os materiais acima citados. Fica claro que isto permite uma vasta diferenciação entre as técnicas de cada artista, conferindo assim, sempre efeitos muito pessoais na criação da imagem.
Além de "gravar" a pedra com "gordura", é preciso que o artista isole as áreas que ficaram "em branco", ou seja, que continuam sem desenho. Isto se faz com uma goma, "lacrando" a pedra para o processo de corrosão. Somente as áreas desenhadas sofrerão o ataque corrosivo, de modo a criar micro concavidades para a receber a tinta, as demais continuarão "em branco" e estarão sempre molhadas durante a impressão. A tinta também é oleosa, por isso só adere aonde está o desenho, nas área "em branco" sofre a ação repelente da água.
A tinta é transferida para a pedra já "processada" usando-se um rolo de borracha, semelhante ao rolo de esticar massas. Apenas uma fina camada de tinta é suficiente para imprimir a imagem no papel.
A operação final é a "passagem" da imagem para o papel usando-se uma grande prensa que esmaga o papel sobre a pedra.
XILOGRAFIA
A forma mais antiga de impressão é a utilização de um relevo que recebe a tinta, a partir do qual se transfere a imagem para outra superfície. Dentre estes processos está a Xilografia.
A Xilografia consiste numa matriz em alto relevo produzida em madeira. Esta forma de gravação foi amplamente utilizada ao longo de toda história. Grandes nomes da Arte serviram-se de seus recursos, seja em períodos longínquos, ou em nossa época.
A imagem é gravada através de goivas, formões e pontas cortantes. O artista "entalha" seu desenho na madeira, ao modo de um escultor, mas tem em mente que essa matriz não é a Obra, e sim o meio para alcançá-la. Depois disso, a matriz recebe a tinta e vai para a prensa com o papel. Há também a impressão com as costas de uma colher. Esta técnica exige grande habilidade do artista e permite a obtenção de detalhes que a prensa não consegue alcançar.
LINÓLEO
Esta técnica assemelha-se ao entalhe da Xilogravura, no entanto, ao invés de madeira, a matriz é de material sintético - placas de borracha, chamadas "linóleo".
Igualmente a "Xilo", a placa de linóleo receberá a tinta que ficará nas partes em alto relevo, e sobre pressão será transferida para o papel.
Esta técnica é mais recente do que a Xilogravura devido ao material de sua matriz, e foi muito utilizada pelos artistas modernos, como Picasso por exemplo.
SERIGRAFIA
A Serigrafia é a modalidade mais recente das técnicas apresentadas até então. Convivemos diariamente com Serigrafias sem desconfiarmos que também são usadas por artistas. Geralmente conhecemos pelo nome Silk-Screen, isto é, Estamparia.
Este meio de impressão é muito comum na utilização comercial, servindo para uma larga aplicação, seja em tecidos, plásticos, vidro, cerâmica, madeira ou metal.
Quando se trata de uma Obra de Arte no entanto, a Serigrafia se sofistica e recebe tratamento diferenciado em todo seu processo, tanto quanto nas tintas usadas, como também no número de impressões que formam a imagem, ganhando assim qualidade, mais distanciando-se da aplicação comercial em larga escala.
O processo de gravação consiste em transferir a imagem desenhada para uma "tela de nylon". O desenho pode ser feito com tinta opaca (nanquim) em material transparente (acetato ou papel vegetal), obtendo-se o "filme" que servirá para gravar a tela (matriz).
Este processo assemelha-se ao da fotografia. Em resumo, o filme desenhado é posto sobre a tela de nylon, que recebeu uma fina camada de líquido (emulsão) sensível à luz. Dentro de uma caixa escura, a tela de nylon com o desenho são expostos a luz muito forte. Passado alguns minutos a emulsão que recebeu a luz seca e adere ao nylon, e a que ficou protegida pelo desenho é retirada com água.
O resultado é uma espécie de "peneira", digamos assim, sendo que a parte desenhada esta livre para a passagem da tinta e o restante está vedado pela emulsão.
A impressão se faz através de rodos que "empurram" a tinta que é posta dentro da tela de nylon, pelos orifícios deixados em aberto que formam o desenho. A impressão é feita numa mesa na qual se fixa a tela com dobradiças, de modo a permitir que levante-se a tela (como quem abre e fecha uma porta) e coloque-se o papel sempre no mesmo lugar para receber a imagem. O número de impressões é que permite a composição total do desenho, somando as cores e formas a cada nova impressão -assim como quem pinta uma paisagem, e primeiro pinta o tudo o que é azul, depois o que é amarelo, e assim por diante, e dessa forma chega ao resultado final.
NÚMERO DE IMPRESSÃO E MATRIZES
Em geral uma gravura pode ser feita com apenas uma matriz e uma impressão, isto serve para todas as modalidades consideradas aqui. Mas a utilização de várias matrizes e várias impressões também é bastante comum, sobretudo nas Serigrafias. Desta forma, o processo descrito para a gravação da imagem numa matriz, seja no cobre, na pedra, na madeira, na borracha ou no nylon, é multiplicado pelo número de vezes que o artista precisou para obter sua imagem ideal. O mesmo ocorre com a impressão. Assim, temos gravuras que resultam de 4, 5, 8 matrizes, e que exigiram o mesmo número de impressões. Há casos de Serigrafias com até 30 impressões ou mais.
Isto torna o processo da gravura muito dispendioso, e seu produto numa Obra de grande empenho do artista e do impressor, pois estamos falando de operações sofisticadas, inteiramente manuais, que envolvem muita atenção e força, principalmente no trato com as pedras litográficas e polimento de matrizes de cobre.
E diga-se de passagem, que não citamos os cuidados com os papeis, que exigiria outro artigo de igual tamanho, além da limpeza de tudo o que esta arte envolve.
No entanto, é importante termos em mente, que seja qual for a técnica escolhida pelo artista - Metal, Litografia, Xilogravura, Linóleo ou Serigrafia - o que vale acima de tudo, é a capacidade de expressão que cada meio permite, e como isto irá de encontro às necessidades do artista.
Desse panorama da gravura, chega-se rápido a compreensão de como é uma atividade especializada, e como não pode ser comparada aos produtos fabricados pelos meios industriais. Antes de qualquer conclusão, um fato destaca-se a priori: a Obra de Arte é sempre fruto de muito empenho, dedicação, estudo e Amor à Beleza.
Assim, cada modalidade de gravura terá seu "idioma" peculiar, ainda que cada artista pronuncie seus próprios "poemas" com ele. Isto significa que as comparações não são cabíveis, pois não se trata de avaliar perícia e virtuosismo de um em detrimento de outro. Na verdade, quando falamos sobre Arte, não alcançamos jamais sua essência mirando nos aspectos técnicos. É possível, sim, que o virtuosismo de um artista nos impressione, mas isso não nos revela mais do que a superfície de seu espírito. Se desejamos mais do que isso, precisamos de silêncio e muito desprendimento de tudo aquilo que é material, e só assim a Obra se revelará plenamente em nós e cumprirá seu destino: emocionar.
O Autor, Mauro Andriole, é artista plástico, estudioso de filosofia, sobretudo de temas que convergem para a ciência e a metafísica. Sobre sua produção atual de gravuras ele diz: Trabalho simultâneamente em dois temas absolutamente interligados: PHYSIS - que trata da questão grega da "natureza das coisas", e Povos Ancestrais do Brasil - seguindo um caminho do coração junto à mitologia e sabedoria do Índio brasileiro.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Essa pessoa talentosa é nossa professora de gravura Márcia Santtos


É com muito orgulho e admiração que coloco esta nota aqui.
E antes de mais nada; Parabéns Márcia e um beijo enorme para você.
Márcia Santtos abre mostra de gravuras no Museu Olho LatinoA mostra "O Homem na Obra de Márcia Santtos" será inaugurada em 13 de março, sábado, às 16 horas, no Museu Olho Latino, mezanino do Centro de Convenções e Eventos "Victor Brecheret", em Atibaia, SP. A curadoria é do prof. Dr. Paulo Cheida Sans.A mostra é composta por 23 obras selecionadas com o objetivo de mostrar uma síntese da produção em gravura da artista Márcia Santtos iniciada há mais de 20 anos. Para a mostra a artista selecionou as séries "Tempo", premiada no Salão de Praia Grande, SP, em 1993; "Brincadeira" , que nesse mesmo ano obteve Menção Honrosa no Salão de Arte Jovem de Santos e "Auto-retrato quando criança", premiada no V Salão de Suzano,SP, em 2009.Estão presentes gravuras de diferentes técnicas, como a ponta seca, água forte, água tinta, além da pesquisa mais recente da artista sobre matrizes de policarbonato.Para a artista Márcia Santtos, o homem é a imagem essencial em sua produção e conclui que "a figura humana me ensinou muito sobre gravura nesses 23 anos. Cada traço, o jogo de claro e escuro, a escolha das texturas, enfim as composições são resultadas de reflexões sobre a história de cada um e ao mesmo tempo de todos nós". A artista reside em Santos e é professora da Universidade Santa Cecília - Unisanta - nas disciplinas de Desenho e Gravura da Faculdade de Artes Visuais. Possui Mestrado em Artes Visuais pela UNESP. Recebeu premiações no Brasil e no exterior. Realizou mostra individual no Museu da Gravura Brasileira em Bagé, RS, e participou de exposição coletiva no MASP em São Paulo. No exterior expôs na cidade de Lisboa em Portugal e no Japão, nas cidades de Kanagawa, Yokusuka, Tokyo, Osaka, Okinawa, Wakayama, Oita e Kyoto. Expôs ainda na cidade de Berlim na Alemanha; San Juan em Porto Rico; Nova York nos Estados Unidos; Arezzo e Acquiterme na Itália; Ardennes na França; Barcelona e Olot na Espanha; Bitola na Republica da Macedônia; Évora em Portugal; Buenos Aires na Argentina, Ostrow Wielkopolski na Polônia; Lima no Peru entre outras localidades.Para o jornalista e crítico da Associação Internacional de Críticos de Arte, Oscar D'Ambrosio, a produção da artista "apresenta uma poética da figura humana marcada pela sensibilidade e pela economia de recursos". Disse que "a imagem resultante do trabalho é carregada de humanidade."Paulo Cheida Sans, diretor do Museu Olho Latino, considera a mostra da artista muito importante por reunir obras premiadas e que participaram de significativas exposições no exterior. "É uma grande oportunidade para o público apreciar uma trajetória artística de uma gravadora que tem estilo próprio e um modo particular de mostrar o nosso mundo, valorizando o afeto, o sorriso, a juventude e a alegria de viver", afirma.A mostra de Márcia Santtos poderá ser visitada até 09 de abril, de segunda a sexta–feira, das 9 às 17 h, na Al. Lucas Nogueira Garcez, 511, Parque das Águas, na Estância de Atibaia.Vale conferir a mostra que é uma rara oportunidade para apreciar obras, que em sua maioria, foram expostas em importantes exposições no exterior.Serviço:Exposição: "O Homem na Obra de Márcia Santtos"Curadoria: Paulo Cheida Sans.Abertura: 13 de março, às 16 horas.Período da mostra: 13 de março a 09 de abril de 2010.Visitação: de segunda a sexta, das 9 h às 17 h.Local: Museu Olho Latino (mezanino do Centro de Convenções e Eventos "Victor Brecheret").Endereço: Al. Lucas Nogueira Garcez, 511 - Estância de Atibaia, SP. Cep: 12941-650.Realização: Museu Olho Latino e Prefeitura Municipal da Estância de Atibaia.Telefone: (11) 4412 7776.Site: www.olholatino. com.brE-mail: http://br.mc457.mail.yahoo.com/mc/compose?to=museu%40olholatino.com.br

sábado, 9 de janeiro de 2010

A mesa


Ponta seca - no acetato

Interior

Metal - ponta seca - água forte

METAL
A gravura em Metal é uma das mais antigas, temos Obras nesta técnica, produzidas por vários gênios da Renascença, como Albert Dürer por exemplo, datando de 1500 d.C.
A técnica do Metal consiste na "gravação" de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a imagem sobre a chapa são muitos, e não seria exagero dizer que são quase "infinitos", pois cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre. De um modo geral, o artista faz o desenho por meio de uma ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida através de uma grande pressão, imprimindo assim, a imagem no papel.
Esta não é a única forma de trabalhar com o Metal, como dissemos antes, mas é um procedimento muito usual para os gravadores. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa também pode receber banhos de ácido, que provocam corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
Os dois procedimentos, a ponta seca e os banhos de ácido, são usados em conjunto, e além destes, ainda há outros mais sofisticados, mas que exigem longas explicações, pois envolvem a descrição de operações muito complexas. A ponta seca é o instrumento mais comum, mas existem vários outros para gravar o cobre, cada qual conferindo um possibilidade diferente ao artista. Mauro Andriole

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Xilogravura




Esta xilo é uma prova única...não era pra ser...mas...eu cavei a madeira e fiz essa impressão...ai...minha profª falou : -ficou boa, mas eu teimosa q sou resolvi mexer novamente na matriz e ñ escutei a voz da experiencia e ai, é claro que, estraguei a matriz. Bom, pelo menos aprendi a dar mais atenção ao que a minha querida Marcia Santtos diz rs... Fiquei com essa PU e gosto bastante dela. ah!... é mais uma das minhas escadinhas.

XILOGRAFIA
A forma mais antiga de impressão é a utilização de um relevo que recebe a tinta, a partir do qual se transfere a imagem para outra superfície. Dentre estes processos está a Xilografia.
A Xilografia consiste numa matriz em alto relevo produzida em madeira. Esta forma de gravação foi amplamente utilizada ao longo de toda história. Grandes nomes da Arte serviram-se de seus recursos, seja em períodos longínquos, ou em nossa época.
A imagem é gravada através de goivas, formões e pontas cortantes. O artista "entalha" seu desenho na madeira, ao modo de um escultor, mas tem em mente que essa matriz não é a Obra, e sim o meio para alcançá-la. Depois disso, a matriz recebe a tinta e vai para a prensa com o papel. Há também a impressão com as costas de uma colher. Esta técnica exige grande habilidade do artista e permite a obtenção de detalhes que a prensa não consegue alcançar. Mauro Andriole

domingo, 3 de janeiro de 2010

Minha amiga secreta

E eu tirei a minha amiguinha Taiowan de amigo secreto, adorei. E dei à ela uma das minhas gravuras que ando trabalhando atualmente, parece que ela gostou. Bom, eu amei ter a tirado como amiga secreta, pois, já estamos juntas a algum tempo nessa arte e adoramos tudo isso. Beijo Taio, sucesso pra vc amiguinha!

Confraternização do Grupo Mariana Quito

Mais uma confraternização do grupo Mariana Quito. E se Deus, quizer... mais uma das muitas que vamos viver, comemorar, confraternizar, porquê é muito bom estar-mos todos juntos com, e pela arte da gravura! Amei estar com cada um de vocês beijo em todos!!!...

Interior - água forte - metal


No metal - água forte - impressão no papel branco com a técnica do chine Collé. Adorei e continuo experimentando....

Interior - água forte - metal


Aqui é uma pesquisa de interiores que venho fazendo a algum tempo.... No metal, realizei com a técnica água forte e imprimi no papel colorido . Gostei do resultado e continuo experimentando....

A mesa - ponta seca no acetato


Olha a mesinha ai denovo...agora sem chine Collé - só ponta seca mesmo.

Pincél - ponta seca no acetato


Continuo na pesquisa de objetos... nesse caso pincéis...

A mesa - ponta seca no acetato com chine Collé

Esse foi um experimento bem interessante...na pesquisa de objetos - pincéis - eu achei essa mesinha e gostei. Então coloquei-a no acetato. Gostei do resultado.

Escada - ponta seca no acetato

Aqui está mais umas das minhas escadinhas...